A pintura colossal de Thomas Coutoure remete o observador para uma mesma realidade presente em todos os ciclos históricos. A decadência resulta tanto da rigidez institucional das estátuas que rodeiam a cena como da lassidão dos protagonistas do quadro. A rectidão dos homens nunca foi proporcional à flexibilidade das instituições. Nem uma, nem outra suprem mutuamente as insuficiências das duas realidades. As instituições cristalizam-se pelos vícios dos homens que as constituem e os homens tornam-se estátuas por replicarem o mesmo comportamento errático ao longo dos séculos em procura de adiar a inevitável derrota da vida perante a dor e a morte.
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December 2022
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