Sonetos "perdidos" de Shakespeare
SONNET NO. 155 Let me not to the ripping of sweet reef Admit impediments. Bud is not bud Which hath seeds, bro, and insufficient leaf, Or lots of stems and other kinds of crud. O, no! it hath crystals like unto snow Fall’n upon Mont Blanc’s o’ertowering peak; Moss of Olympus, Poseidon’s hydro! Nor too wet nor too dry, and yet it reek. Bud’s not merest Cannabis sativa, Though the botanist Swede christen it thus; Bud chaseth off harsh vibes with a cleaver, Except if the dealer was a bit sus. If this be error and upon me smit, I never toked, nor no man e’er got lit. SONNET NO. 156 Shall I compare thee to a Purple Haze? Thou art far kinder, we’re talking righteous bush. Rough kids do snatch the darling buds from May’s, And Summer’s lease is up (landlord = douche): Where, then, will I find thee, honeyed kaya, When my cursèd suppliers do run out? Perhaps succor shall I beg of Maya, Although she hath a tendency to shout. Dime bag or nug, I’ll lie on the carpet And smoke my spliff, or in sooth just a roach, For Anne is full vexed: “Lay off, please, stop it!” One whiff of ganj and anon she’ll encroach. So long as dudes can breathe and birds have feather, That rug really ties the room together. SONNET NO. 157 When to the sessions of sweet silent bong I summon up remembrance of doobs past, Methinks I trounce his worship Tommy Chong, For my weed game shall not soon be outclassed. Tetrahydrocannabinol, thy glow! Thy vapors curl from Delphi’s oracle, That even the sun god himself says, “Whoa.” (And I’m not being allegorical.) Call thou the strain Twelfth Night, or what you will, This Will knows the primo cheeb from the junk: Afgooey, Trainwreck, or perchance Space Jill, Purple Urkel, Voodoo, nay, Pineapple Skunk. The joint’s burning low, so let me be frank: All the world’s a stage, and stages be dank. A existência é anterior à essência. A vida consiste em não se alienar , em ser outro a partir do sistema de comparação e validação do irreal social. Exige coragem trilhar o caminho . Abstrair-se da catarse,expiação e vaidade para que o homem tendencialmente se inclina nas praças virtuais ou de pó e cinzas. Atordoados pelo evento , pelos livros de ajuda que beneficiam quem os escreveu, do empreendedorismo feirante, o homem esquece moldar a sua existência, procurando ,através do que existe em si, a sua marca no mundo! Um vaso mesmo que rachado vale mais que um boneco pimpão todo arranjadinho feito em série numa loja de porcelana chinesa aberta nos mercados de celofane que o capitalismo" à la carte" oferece. Consume-se tudo com a fúria do prazer e do vício, mostram-se as jóias e escondem-se os dedos calejados .Mas o oleiro sabe que é partir do barro que existe na terra, que pode moldar a peça única" insuflada de éter" ,sem se deixar domar pelos constantes mecanismos , mais ou menos subliminares, de lavagens cerebrais presentes no mundo contemporâneo, apodrecido pela violência, medo, solidão e cansaço, apesar de que na aparência tudo parece o contrário... A essência é um caminho, a existência o ponto de partida e a evolução um ponto de chegada...É nesta falta de horizonte que a angústia do homem moderno se cristaliza...e sinal disso é a constante necessidade de imprimir imagens a duas dimensões, quando a alma tem pelo menos cinco...
"....Ah, vocês, rapazes! Meus filhos, pequenos leitõezinhos, para mim...em toda a minha vida nunca houve uma mulher feia, é a minha máxima! Vocês conseguem compreender isto? Vocês podem lá compreender : têm leite nas veias em vez de sangue, ainda não saíram da casca! Pela minha experiência , em qualquer mulher é possível encontrar algo de extraordinário, diabos me levem, de interessante , que não se encontra em nenhuma outra; mas é preciso saber como encontrá-lo, essa é que é a questão!Isso é um talento! Para mim, não havia feiosas: só o facto de ser mulher , é já metade de tudo..."(n Os Irmãos Karamázov de Fiódor Dostoievski , Tradução de António Pescada e Posfácio de Sigmund Freud, Editora Relógio d` Água , pág 143)
XXI
Sobre a ponte, O tolo, deslumbrado,canta e ri. Seu pensamento voa no ar azul, Nada num fluído etéreo de alegria E doira aquela nuvem matinal. Entre a nuvem e o tolo extasiado Uma divina intimidade existe, Um luminoso traço, que os prendeu Ao mesmo sonho indefinido, aéreo... Todo se exalta, agora, em madrugantes E as virgens sensações, que se propagam Em ondas e ondas vivas no Infinito. E nelas vai o pobre triste...Vai, Numa alada e fantástica impressão, Que, ao ser por outras almas recebida, Nesses mundos longínquos, se ilumina; E neles é presente o pobre tolo... Convive com os deuses, divagando Em campinas de estrelas; saboreia Miosótis, boninas, bem-me-queres Encantado num êxtase de luz (...) XLI És um triste jumento, pobre tolo, Que pôs humana máscara na face... Um fabuloso ser, trajando à moda; Um deus que, nas entranhas duma fêmea, De carne se vestiu para existir. És teimoso, cismático e percebe Os fantasmas e os anjos do Senhor. Tem um apego enorme à sua corte , E uma predilecção extraordinária Pelas ervas em flor dos pátrios montes. Fita as orelhas grandes e lanzudas, E ouve, de noite, a música dos astros. Orneia, porque é irmão da cotovia, No lusco-fusco amanhecente. E a estrela De alva, tão acendida, se retrata Nas águas mortas dos seus olhos In Pobre Tolo de Teixeira de Pascoaes , Obras Completas , introdução e aparato crítico de Jacinto Prado Coelho, tiragem especial de 100 exemplares numerada com o n.º27, Editora Bertrand Fernando Pessoa e Teixeira de Pascoaes tinham uma relação controversa, mas de influência mútua (in)consciente, porque aquilo que se nega é a fonte do que se afirma. Os Académicos demonstraram como Pascoaes era um Anti-Caeiro. Caeiro via tudo por fora e Pascoaes tudo por dentro. Caeiro não via sentido em nada, Pascoaes via um sentido oculto em tudo
Ingmar Bergman é o esteta do Eros e do Tanatos explorando a luz e a sombra sob o efeito da elipse. O silêncio é um filme altamente" erotizado", um profundo quadro interior do desejo e da construção e desconstrução do sexo masculino e feminino, mas sempre com as notas narrativas de crueldade e drama interior das personagens , que não se conseguem resolver ou superar as forças subliminares do inconsciente. Uma fotografia divina, uma realização que só os grandes mestres sabem fazer... |
AutorJon Bagt Categorias
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Maio 2022
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