A ESTANTE DO PORTEIRO
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Futuro- 4G,5G,6G...

8/27/2020

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Depois dos 4G, os 5G e para 2030, os 6G: o objectivo é que com tanta velocidade, a paciência, a empatia, a compaixão e a observação se tornem obsoletas, modelando os cérebros para horizontes digitais que tornem o telefone mais esperto que o usuário. As pessoas estranharão a presença dos semelhantes e a pandemia já é um balão de ensaio " acidental" para uma nova ordem social , uma biopolítica servida em urnas cibernéticas...(vai mais uma imagem para digerir a bulimia civilizacional...pelo "scroll" insaciável do mural ... necessidades de imitação e validação como os circuitos electrónicos...010101010...)
Tudo começou com Políbio, depois Morse, Boole,Bell e finalmente Marconi e as ondas electromagnéticas...
(As ondas eletromagnéticas são caracterizadas por um comprimento de onda e uma frequência; o comprimento de onda é a distância que um ciclo da onda cobre (pico a pico ou vale a baixo, por exemplo), e a frequência é o número de ondas que passam por um determinado ponto em um segundo. Os telefones celulares usam rádios em miniatura para captar sinais eletromagnéticos e converter esses sinais em imagens e sons em seu telefone.)
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In Silence by Thomas Merton

8/27/2020

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Be still.
Listen to the stones of the wall.
Be silent, they try
to speak your

name.
Listen
to the living walls.
Who are you?
Who
are you? Whose
silence are you?
Who (be quiet)
are you (as these stones
are quiet). Do not
think of what you are
still less of
what you may one day be.
Rather
be what you are (but who?)
be the unthinkable one
you do not know.
O be still, while
you are still alive,
and all things live around you
speaking (I do not hear)
to your own being,
speaking by the unknown
that is in you and in themselves.
“I will try, like them
to be my own silence:
and this is difficult. The whole
world is secretly on fire. The stones
burn, even the stones they burn me.
How can a man be still or
listen to all things burning?
How can he dare to sit with them
when all their silence is on fire?”
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CONVERSA COM RUI ZINK

8/26/2020

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Fotografia de Rafael Zink

Rui Zink (RZ) é professor e escritor. A conversa que se segue resulta de um generoso contributo que deu à Estante do Porteiro (EP).
​

EP: Como lidar com o sofrimento do outro? Onde está o ponto de equilíbrio entre a empatia e a preservação do ego?
RZ: A empatia é talvez o melhor da humanidade: a capacidade de nos pormos no lugar do outro, de entendermos num misto de pensamento e emoção o lugar e o ponto de vista tanto dos nossos próximos como dos distantes – e até dos nossos inimigos. É o maior combustível para a paz, o amor, a amizade, a fé – até para uma boa cama. É uma energia boa que, como todas as energias, em excesso pode acabar por ser mais nociva que benéfica, como a água que nos dá vida mas, em certas ocasiões, pode ser uma força destruidora. Há, sobretudo nos jovens de esquerda, uma sobredose de empatia que pode virar perigosa: o amor total e absoluto e indiferenciado «a toda a Humanidade», com agá maiúsculo. Todas as vidas valem o mesmo, mas para um pai a vida do seu filho vale mais que a dos outros – e isto não é egoísmo, é essencial para calibrar a generosidade. Os que não distinguem acabam não a fazer bem a a toda a Humanidade, mas a desprezar o mal feito aos próximos. Lembro, com arrepios, o que uma moça escreveu no Facebook, a propósito da morte de duas crianças num acidente em Portugal: «O que me importa a vida de duas crianças em Braga, quando há milhares a morrerem no Sudão?» Ainda estou arrepiado.   
​

EP: Uma decisão é independente da certeza e do consenso? Uma decisão é sempre racional? Ou não?
RZ: Uma decisão nunca é racional. Mas, num humano, também nunca nunca é racional.


EP: Depois da extensão, da substituição e da actualização qual a fase seguinte da tecnologia e do nosso futuro? Qual o horizonte de evolução para o” Sapiens” ?
RZ: Boa pergunta. É um assunto para o qual não tenho resposta – e tenho medo dos que têm resposta. A nossa identidade é sermos fluídos, somos a espécie que melhor evoluiu e mais se adaptou a todos os desafios colocados, tanto quanto sei. A nossa fraqueza sempre foi o nosso forte: ao contrário dos outros seres vivos, usamos elementos exteriores para ganharmos poderes. Tiramos e pomos roupa consoante está calor ou frio. Usamos bilhas de oxigénio e palminhas para fazer mergulho e asas de tecido para fazer asa-delta. E até inventamos computadores mais inteligentes que nós para gerirem a nossa economia e nos vencerem ao xadrez. O problema é que tantas vezes o cântaro vai à fonte que… Mas sou optimista: no futuro, será humano quem se considerar humano e tiver outros humanos a reconhecer que é humano. 


EP: A Invisibilidade promovida pela tecnologia desresponsabiliza os seus usuários ? Este comportamento pode ser considerado um tique fascista?
RZ: Não iria por aí. Todos nós somos melhores e piores do que nos julgamos. O cobarde é capaz de, um dia, ter gesto de heroísmo. Esta é uma questão ética que vem de longe: como ser decente quando ninguém está a ver? Denúncias anónimas sempre houve. O fascismo é, entre outras coisas, apenas um nome mais para os nossos impulsos mais rasteiros e predatórios.


EP: A ruína é um intermediário da arte? O que foi belo agora é feio?
RZ: A ruína foi, para os românticos, o encontro entre a natura e a cultura, entre o natural e o humano. Um castelo em ruínas é ao mesmo tempo uma derrota da técnica, uma revanche da natureza e uma vitória para a arte: em ruínas, o castelo já não serve para nada (já não impede os inimigos de entrar) e então, ao olhar humano, vira a suprema arte, uma espécie de cópula perfeita entre a vontade humana e a mãe natureza.


EP: De que forma a linguagem influencia o poder e vice-versa?
RZ: Quem toma o poder quer sempre ter o controlo da linguagem. Há toda uma literatura sobre o assunto. A mim interessa-me muito, e escrevi sobre isso n’A Instalação do Medo’ (2012) e noutros livros, mas já antes Maquiavel, Swift, Orwell, Barthes e tantos outros tinham abordado o assunto. Repare na linguagem de guerra: ‘terrorista’, ‘cobardes’, ‘monstros’ são sempre os outros. Nós, quando obtemos os mesmos resultados, fomos sempre ‘justos’, ‘inteligentes’ e ‘humanos’. Se eles vitimam civis é a prova da sua crueldade; os civis mortos por ‘nós’ são só ‘danos colaterais’. E hoje todo o discurso em sociedade é de guerra permanente (como preconizou Orwell), publicitário, propagandístico, evangelizador. Daí que, para mim, o trabalho do artista já não seja só fazer ‘belos textos’ mas também o desmontar da máquina retórica que paulatinamente nos tritura.  


EP: Qual o papel do amor e do desejo na formação de identidade?
RZ: Para mim, todo. Esta é a resposta seca. Agora vou desenvolvê-la um pouco: nem toda a gente tem noção do que um amor bem-sucedido no início da juventude tem sobre as sinapses e a saúde e a inteligência e a viagem de corpo e mente até ao momento em que (sabemo-lo desde que nascemos) seremos desligados. Se esse amor conjugar as felicidades espiritual e física, maravilha. Mas nem sempre isso acontece. Convém no entanto que os jovens tenham maravilhosas experiências de enamoramento e coito (mesmo que não com a mesma pessoa), a fim de partirem fortalecidos e com optimismo para um futuro e lidem, quando a ficha lhes cair em cima, o melhor possível com as inevitáveis frustrações e dissabores que a vida inevitavelmente nos traz. Um/a jovem que tenha tido um amor feliz (e coitos supimpas) lidará menos mal quando descobrir que o marido/a esposa anda há um ano a passear por fora.   
​


EP: Muito Obrigado, Rui.
R: O prazer foi meu.
 
 
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Posto de Escuta

8/5/2020

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Diálogos musicais para tempos dúbios...ou como a máscara sempre esteve colada ao rosto desde o mítico Adão e a loucura narrativa das cabeças como apêndices inúteis na procura do sentido das coisas e da coerência dita humana... A imperfeição dos homens traduzida no virtuosismo dos intérpretes... A expiação, redenção e perdição no deambular de uma opera pós qualquer rótulo que os puristas tentam descortinar... O solista eterno a sentir o vento entre o piano selvagem, a guitarra perdida e o trompete enlouquecido... São os dias de espuma em noites cinzeladas por sentimentos e emoções de esferovite...
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    Jon Bagt

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