Veermer e Chardin evocam o silêncio nas suas obras . São os mestres da vida que ninguém vê , nem ninguém repara. Mostram cenas da vida quotidiana que o frenesim da era cibernética esqueceu de valorizar. Os pintores não sendo contemporâneos, mostram a rotina como o mais belo prazer para evitar a melancolia dos confinamentos e das desumanizações. Na era da banalização das relações, os objectos permanecem fiéis a uma dinâmica verosímil , a um espanto vitalista , a um pendor da sensibilidade electiva que transcendem as pequenas mortes que vão sucedendo na paleta das horas. Talvez o sentido da vida seja pegar em seis ovos misturar leite e fazer do creme as nuvens de espuma dos dias quase todos iguais...
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December 2022
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