A escravatura oficial com grilhetas estendeu-se pelo mundo entre 1444 e 1888. Com o advento do liberalismo ,na retirada do poder ao soberano absoluto, até aos nossos dias foi necessário ao poder escravizar através da biopolítica todas as esferas , incluindo a privada, do ser humano. Hoje, o homem continua escravo mas sem grilhetas. O poder encontrou na "auto-escravização" um elixir eterno . O capitalismo , ou melhor, a ganância e a vaidade encontraram a sua fórmula de se regenerar: entregar a chave da prisão aos homens que se julgam livres com imensos "rantanplanes" como guardas...
Neste disco, o catalão Jordi Savall reúne músicos do designado novo mundo:
Hespèrion XXI
La Capella Reial de Catalunya
The Fairfield Four (EUA)
Kassé Mady Diabaté, Ballaké Sissoko, Mamani Keita, Nana Kouyaté, Tanti Kouyaté (Mali)
Rajery (Madagascar)
Driss el Maloumi (Marrocos)
Maria Juliana Linhares, Zé Luis Nascimento (Brasil)
Adriana Fernández (Argentina)
Iván García (Venezuela)
Ada Coronel, Enrique Barona, Ulises Martínez (México)
Leopoldo Novoa (Colômbia)
Talvez ao ouvir a música do mundo, não se perca a alma nas diatribes do ego...digital...