LOCAIS DE VENDA DO LABIRINTO DA INTELIGÊNCIA - ESTÓRIAS BREVES E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA.
Para quem quiser adquirir o " Labirinto Da Inteligência - Estórias Breves e Saídas De Emergência",Editora Texto Sentido, pode fazê-lo online através da Plataforma Wook , na Livraria Bertrand , na Fnac, na Almedina ou na Livraria Flâneur - Porto, plataforma mercado livre e na amazon brasil.
Eis os links:
https://www.wook.pt/.../o-labirinto-da.../26889558
https://www.bertrand.pt/livro/o-labirinto-da-inteligencia-joao-nuno-teixeira/26889558
https://www.fnac.pt/Labirinto-da-inteligencia-o-TEIXEIRA-JOAO-NUNO/a9948874
https://www.almedina.net/o-labirinto-da-intelig-ncia-est-rias-breves-sa-das-de-emerg-ncia-1653411029.html
https://flaneur.pt/produto/o-labirinto-da-inteligencia/
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2797987523-livro-o-labirinto-da-inteligncia-estorias-breves-saidas-de-emergncia-_JM
https://www.amazon.com.br/Labirinto-Intelig%C3%AAncia-Est%C3%B3rias-breves-Emerg%C3%AAncia/dp/9895472242/ref=sr_1_224?qid=1667154467&refinements=p_27%3AJo%C3%A3o+Teixeira&s=books&sr=1-224&ufe=app_do%3Aamzn1.fos.25548f35-0de7-44b3-b28e-0f56f3f96147
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O LABIRINTO DA INTELIGÊNCIA -ESTÓRIAS BREVES E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Desconcertante. Provocador. Fragmentário. Enigmático. Estes adjectivos podem caracterizar tanto a obra “O Labirinto da Inteligência” como o cérebro do seu autor, João Nuno Teixeira. Bem-entendido, o cérebro de cada ser humano. Pouco, quase nada, no nosso pensamento é organizado ou estruturado de molde mapeável ou facilmente transmissível. A massa encefálica opera por impulsos inconscientes, eventos e estertores sucessivos, disruptivos e anacrónicos. Porquanto talvez a linguagem lhe seja o único recurso substancialmente eficaz na quimera de tornar inteligíveis os interstícios cerebrais, convertendo uns quantos em símbolos comunicáveis. Embora, necessariamente, sempre pecos e insuficientes, reduzindo todo um universo à escala do lugar-comum.
Alicerçado num arsenal semântico sujeito à fuzilaria de um ritmo frenético, aqui e acolá em equilíbrio mas com permanentes “saudades do futuro”, o livro apresenta uma fusão de géneros literários, desde o teatro, a poesia, o ensaio e a micronarrativa. Hípertexto, infratexto, intertexto, metatexto e macrotexto, nestes processos multíplices se entrecruzam as tortuosas galerias de “O Labirinto da Inteligência”, que remontam à poeira sedimentária de séculos, milénios até, e desaguam nos ainda experimentais, mas já tão viciosos e narcotizantes, solos digitais. Um livro, pois, que é um meio de transporte híbrido, nas mais diversas esferas. Uma desconstrução construtiva. Um desfile de símbolos, que se baralham e tornam a dar. Todas as mitologias, desde a grega à católica, encontram os seus alvéolos na verve de João Nuno Teixeira, que gravita em toda a largura de banda entre registos ora épicos ora satíricos.
Uma obra de certo modo autofágica, por ser um labirinto dentro do labirinto. Ou talvez não. Talvez seja uma luz para guiar-nos apontando um caminho, um dos muitos possíveis, através do cérebro humano. Rumo ao futuro, ao infinito e mais além.
( Renato Filipe Cardoso, Editor)
“…É, sem dúvida, um livro muito interessante que tem uma profundidade metafórica e comparativa.
A qualidade da escrita , a forma como o autor navega no labirinto literário aliada a um conhecimento ímpar de obras e da nossa língua, num diálogo com temas atuais . Transporta-nos de um mundo para o outro sem rodeios!
Com certeza, voltarei a relê-lo com prazer daqui a algum tempo com a ambição de enveredar e descobrir novos caminhos neste labirinto da inteligência…” (Fernando Bessa , leitor)
“…Este livro dá-nos uma fascinante fanfarra de alegorias, hilariantes e didáticas, paradoxais que são na sua improbabilidade, mas que se encaixam bem com alguns paradigmas atuais de vida…” ( Hugo Loureiro, leitor)
"...E aqui me confesso enleado. Mas gravemente. O labirinto não é um desses clássicos de poucas, mas algumas, saídas (de emergência). Pior, aturde-nos pelas múltiplas aberturas por onde podemos esgueirar-nos. Eles são os heróis das mitologias várias, ou as personagens dos clássicos; eles, as chalaças dos ditos orais e certas vozes embargadas de gin tónico ou de libertinagem peripatética ou os aforismos digitais e os escritos para a cena..." (João Paulo Janicas, leitor)
Alicerçado num arsenal semântico sujeito à fuzilaria de um ritmo frenético, aqui e acolá em equilíbrio mas com permanentes “saudades do futuro”, o livro apresenta uma fusão de géneros literários, desde o teatro, a poesia, o ensaio e a micronarrativa. Hípertexto, infratexto, intertexto, metatexto e macrotexto, nestes processos multíplices se entrecruzam as tortuosas galerias de “O Labirinto da Inteligência”, que remontam à poeira sedimentária de séculos, milénios até, e desaguam nos ainda experimentais, mas já tão viciosos e narcotizantes, solos digitais. Um livro, pois, que é um meio de transporte híbrido, nas mais diversas esferas. Uma desconstrução construtiva. Um desfile de símbolos, que se baralham e tornam a dar. Todas as mitologias, desde a grega à católica, encontram os seus alvéolos na verve de João Nuno Teixeira, que gravita em toda a largura de banda entre registos ora épicos ora satíricos.
Uma obra de certo modo autofágica, por ser um labirinto dentro do labirinto. Ou talvez não. Talvez seja uma luz para guiar-nos apontando um caminho, um dos muitos possíveis, através do cérebro humano. Rumo ao futuro, ao infinito e mais além.
( Renato Filipe Cardoso, Editor)
“…É, sem dúvida, um livro muito interessante que tem uma profundidade metafórica e comparativa.
A qualidade da escrita , a forma como o autor navega no labirinto literário aliada a um conhecimento ímpar de obras e da nossa língua, num diálogo com temas atuais . Transporta-nos de um mundo para o outro sem rodeios!
Com certeza, voltarei a relê-lo com prazer daqui a algum tempo com a ambição de enveredar e descobrir novos caminhos neste labirinto da inteligência…” (Fernando Bessa , leitor)
“…Este livro dá-nos uma fascinante fanfarra de alegorias, hilariantes e didáticas, paradoxais que são na sua improbabilidade, mas que se encaixam bem com alguns paradigmas atuais de vida…” ( Hugo Loureiro, leitor)
"...E aqui me confesso enleado. Mas gravemente. O labirinto não é um desses clássicos de poucas, mas algumas, saídas (de emergência). Pior, aturde-nos pelas múltiplas aberturas por onde podemos esgueirar-nos. Eles são os heróis das mitologias várias, ou as personagens dos clássicos; eles, as chalaças dos ditos orais e certas vozes embargadas de gin tónico ou de libertinagem peripatética ou os aforismos digitais e os escritos para a cena..." (João Paulo Janicas, leitor)
O Labirinto da Inteligência - Estórias Breves e Saídas de Emergência
Apresentação do livro de João Nuno Teixeira promovida pela Associação Cultural Grande Coisa - Atelier " A Fábrica"- Coimbra - 12 de Novembro de 2022.
Sessão de Apresentação - O Labirinto da Inteligência- Atelier a Fábrica -Coimbra-12 de Novembro de 2022- Ciclo de Conversas - Associação Grande Coisa!
Sessão de Apresentação - O Labirinto da Inteligência- Atelier A Fábrica - Coimbra-12 de Novembro de 2022.
Sessão de Apresentação - O Labirinto da Inteligência- Livraria Linha de Sombra -Cinemateca-Lisboa-17 de Setembro de 2022.
O LABIRINTO DA INTELIGÊNCIA • ESTÓRIAS BREVES E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA • João Nuno Teixeira • 2022 Sexto Sentido 123 pgs • Grafismo de Margarida Macedo • Capa de Alex Goublau • Lançamento na Cinemateca, no dia 17 de Setembro, às 18.00, com a presença do autor, dos editores e convidados • Sessão apresentada pelo Exmo Senhor Arnaldo Mesquita • Linha de Sombra • Cinemateca Portuguesa ◼︎
O Labirinto da Inteligência - Estórias Breves e Saídas de Emergência- Sessão de Apresentação - Cinemateca-Lisboa- 17 de Setembro de 2022, 18h
Sessão de Apresentação por Arnaldo Mesquita de : O Labirinto da Inteligência - Estórias Breves e Saídas de Emergência de João Nuno Teixeira.
Local: Livraria Linha de Sombra, , Rua Barata Salgueiro 39, Lisboa ( Cinemateca)
Local: Livraria Linha de Sombra, , Rua Barata Salgueiro 39, Lisboa ( Cinemateca)
Segunda Série - Podcast/Videocast - " Ler um café, beber um livro"
A SEGUNDA SÉRIE DO PROGRAMA DA ESTANTE DO PORTEIRO " LER UM CAFÉ, BEBER UM LIVRO " TERÁ SETE EPISÓDIOS A SEREM TRANSMITIDOS DE MARÇO DE 2022 A JULHO DE 2022 EM FORMATO PODCAST NO SPOTIFY E VIDEOCAST NO YOUTUBE. PARA MAIS INFORMAÇÕES, CONSULTE O SEPARADOR ALUSIVO NO MENU DESTE SITE
LANÇAMENTO DO LABIRINTO DA INTELIGÊNCIA - PÓVOA DE VARZIM - 26 DE FEVEREIRO DE 2022 - CORRENTES D´ESCRITAS - ( Vídeo)
O LABIRINTO DA INTELIGÊNCIA- ESTÓRIAS BREVES E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA- EDIÇÃO TEXTO SENTIDO -FEVEREIRO 2022
SINOPSE:
Não é um tempo fora do tempo. Não é uma alegoria, sequer uma desconstrução. Convida a que nos adentremos num quebra-cabeças pleno de metáforas do bizarro, este Labirinto da Inteligência. A uma realidade feérica na qual o mitológico, o bíblico, o dantesco e até alguma postulação baseada na curiosidade se congregam, num apocalipse frenético entre crença, ciência e tempo presente. Não se trata de um novo mundo. Nem de um mundo diverso. É tão só outro cenário, outro pensamento povoado de uma simbiose múltipla entre a poeira acumulada das eras e o novo domínio cibernético. Pode, pois, esta paisagem real & imaginária encontrar-se à distância de um milénio... ou de um clique.
Não é um tempo fora do tempo. Não é uma alegoria, sequer uma desconstrução. Convida a que nos adentremos num quebra-cabeças pleno de metáforas do bizarro, este Labirinto da Inteligência. A uma realidade feérica na qual o mitológico, o bíblico, o dantesco e até alguma postulação baseada na curiosidade se congregam, num apocalipse frenético entre crença, ciência e tempo presente. Não se trata de um novo mundo. Nem de um mundo diverso. É tão só outro cenário, outro pensamento povoado de uma simbiose múltipla entre a poeira acumulada das eras e o novo domínio cibernético. Pode, pois, esta paisagem real & imaginária encontrar-se à distância de um milénio... ou de um clique.
DIA 26 DE FEVEREIRO DE 2022, 17H, PÓVOA DE VARZIM, FESTIVAL LITERÁRIO " CORRENTES D`ESCRITAS" - 23ª EDIÇÃO.
AUTOR: JOÃO NUNO TEIXEIRA
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EDITORA : TEXTO SENTIDO.
PROGRAMA "LER UM CAFÉ , BEBER UM LIVRO" - 1ª SÉRIE-
A PRIMEIRA SÉRIE DO PROGRAMA DA ESTANTE DO PORTEIRO " LER UM CAFÉ, BEBER UM LIVRO " TERÁ SETE EPISÓDIOS A SEREM TRANSMITIDOS DE OUTUBRO DE 2021 A JANEIRO DE 2022 EM FORMATO PODCAST NO SPOTIFY E VIDEOCAST NO YOUTUBE. PARA MAIS INFORMAÇÕES, CONSULTE O SEPARADOR ALUSIVO NO MENU DESTE SITE.
1450 CM3 - JOÃO NUNO TEIXEIRA- EDIÇÃO DE AUTOR-2019
1450 cm3 é o volume médio do cérebro humano. 1450 cm3 é um livro que não sendo um livro, parece-o
1450 cm3 reflecte a ambivalência do Homem entre a procura da perfeição e o reconhecimento da imperfeição, entre o desenvolvimento genético e a estagnação do progresso mental.
1450 cm3 não segue uma lógica linear. As narrativas no cérebro movimentam-se em hipertexto como as páginas da world wide web. No entanto, o cérebro é demasiado complexo para funcionar em código binário. Cada palavra é uma janela aberta para muitos mundos, sobretudo, nesta era digital.
O cérebro precisa de histórias,alimenta-se de utopias e o mundo ordena-se,aos solavancos, em distopias, muitas das quais , no alvor do terceiro milénio, ainda estão por vir.
O que passa pela cabeça não existe, mas aquilo que o mundo é ou vai sendo , passou pela cabeça de alguém.
Jon Bagt
( Autoria e Edição: João Nuno Teixeira, Capa: Officina Noctua)
1450 cm3 disponível na secção novidades das livrarias Snob(Lisboa) , Flâneur (Porto) e Officina Noctua (Amarante)
Eis os endereços para quem quiser obter o livro:
http://www.livrariasnob.pt/product/1450cm e https://www.flaneur.pt/produto/1450cm3/
https://officinanoctua.pt/produto/1450cm3/
Ou visitar as livrarias físicas da Snob , da Flâneur e da Officina Noctua onde podem " sentir" o livro...
Ou encomendar directamente ao autor mediante mensagem ( secção contactos)
1450 cm3 reflecte a ambivalência do Homem entre a procura da perfeição e o reconhecimento da imperfeição, entre o desenvolvimento genético e a estagnação do progresso mental.
1450 cm3 não segue uma lógica linear. As narrativas no cérebro movimentam-se em hipertexto como as páginas da world wide web. No entanto, o cérebro é demasiado complexo para funcionar em código binário. Cada palavra é uma janela aberta para muitos mundos, sobretudo, nesta era digital.
O cérebro precisa de histórias,alimenta-se de utopias e o mundo ordena-se,aos solavancos, em distopias, muitas das quais , no alvor do terceiro milénio, ainda estão por vir.
O que passa pela cabeça não existe, mas aquilo que o mundo é ou vai sendo , passou pela cabeça de alguém.
Jon Bagt
( Autoria e Edição: João Nuno Teixeira, Capa: Officina Noctua)
1450 cm3 disponível na secção novidades das livrarias Snob(Lisboa) , Flâneur (Porto) e Officina Noctua (Amarante)
Eis os endereços para quem quiser obter o livro:
http://www.livrariasnob.pt/product/1450cm e https://www.flaneur.pt/produto/1450cm3/
https://officinanoctua.pt/produto/1450cm3/
Ou visitar as livrarias físicas da Snob , da Flâneur e da Officina Noctua onde podem " sentir" o livro...
Ou encomendar directamente ao autor mediante mensagem ( secção contactos)
IMPRESÕES DOS LEITORES(1) - 1450 CM3
Arnaldo Mesquita do blog " as partes do todo" deixa aqui as suas pistas de leitura.
"Quem proclama uma teoria do progresso coloca-se irremediavelmente a si mesmo como participante, portador e ponto de culminação no drama do progresso. Quem mostra uma teoria da decadência faz-se valer a si mesmo como um afectados pelo drama da decadência, quer seja como aquele que protesta, se resigna ou aguenta. Quem diagnostica renascimentos ou épocas de mudança põe-se a si mesmo em jogo como parteira, como piloto da mudança ou até como candidato à reencarnação. E quem profetiza a ruína, declara-se como moribundo, como quem ajuda a morrer, como carpideira ou, por fim, como explorador dos restos da cultura que está agonizante."
Peter Sloterdijk
Ante este estranho e fascinante objecto - e chamo-lhe "objecto" à falta de outro substantivo que o possa subsumir, visto que o próprio autor o classifica como um "não-livro" - confesso-me incapaz de constituir um discurso crítico, pelo menos no sentido tradicional e clássico que o cânone atribui a "crítico".
Assim, sinto-me tentado a classificá.lo como uma dose massiva de lucidez, um tipo de clarividência que o mundo contemporâneo parece rejeitar, mergulhado que está na estupidificação maciça e numa deriva que parece conduzir-nos para a apatia ou ataraxia generalizada, impelindo-nos para um beco sem saída ôntico e para um abismo para o qual corremos com brio e denodo, uivando alegremente com os lobos.
O projecto insano e maravilhoso de reescrever a História da Humanidade, a que o João Nuno se entrega com uma intensidade que é difícil ignorar e que somos compelidos pela leitura a acompanhar, não se compagina de nenhum modo com facilitismos e imediatismos. Requer, pelo contrário, que punhamos na leitura e na constituição do sentido o mesmo tipo de intensidade, o mesmo despojamento de regras, a mesma indiferença em relação a padrões que constituem o âmago de uma obra literária (objecto, não-livro, texto, tessitura, aquilo que entendermos que é) que está na sua génese e que prefere ignorar os limites e estabelecer o seu próprio padrão, a sua singular e irrepetível métrica.
A pergunta que me perseguiu desde a primeira leitura (e que não se atenuou com a segunda, e muito menos com a terceira) é : existirá uma modalidade rigorosamente lógica e demonstrável do conhecimento humano sobre esse mesmo ser humano que conhece ? A resposta de "1450 cm3" parece ser - arrisco.me mesmo muito nesta hipótese - não, não existe. Apontando para aquilo a que Hermann Broch chamava "desintegração axiológica, João Nuno Teixeira sustenta um mundo, uma "humanitas" que não é passível de ser representada como uma totalidade fixa, estável e para sempre cognoscível, afirmando que a suposta perenidade da condição humana, em vez de garantir essa mesma estabilidade, se constitui como o ponto de partida de uma interrogação permanente, de uma problematização que não cessa; Adão não acaba de acabar, coexiste permanentemente com os seus duplos e, até, com a sua negação.
Queira ou não queira o autor - e muitas vezes os autores não sabem exactamente aquilo que querem ou querem o contrário daquilo que obtêm - aquilo a que chega é à posição de um sujeito epistemológico e à constituição de um campo de observação que representa a personalidade humana na sua abstracção mais extrema, o que é equivalente a dizer: na sua concretude mais radical.
As pressões a que o autor sujeita a linguagem roçam por vezes os limites da inteligibilidade. É um risco assumido: desconstruir as estruturas linguísticas para depois as reconstruir indica uma incansável vontade de reconstituir o mundo através da linguagem e assim fazer com que esta "fale". Atente-se nesta passagem (capítulo IV "Fome de Infinito"): «Criador. O criador ? O criador ! A é a circunstância do tempo, modo e lugar. A quinta essência está nas mãos tenras de uma criança. As fossas nasais do demiurgo estavam perto. Por onde andaria ? [...] Espaço, Tempo. O espaço e o tempo inscrevem-se na obscuridade do paradoxo. Nada mais perverso que o tempo: tira o que não se tem e dá o que já se possui. inventando a sua proclamada lógica». Atente-se, então, na progressão das repetições, na musicalidade difusa que pretende, e consegue, criar um sentido a partir de uma permutação de relações metamórficas e de relações potenciais. Se cito esta passagem, podendo citar muitas outras, é porque ela me parece emblemática do tom geral da obra e de uma afirmação constante de que não existe nenhuma expressão, ou melhor, de que não existe nenhum código expressivo, cuja origem seja um vazio total; é assim que esta obra põe em jogo princípios de uma coerência tão difusa e multímoda que por vezes sentimos dificuldade em classificá-los ou incluí-los numa visão ordenada. Mas, perante esta obra, para que precisamos de um a visão ordenada ? Para coisa nenhuma, na realidade; basta que nos libertemos da "tirania do sentido" e nos deixemos embarcar no profundíssimo questionamento que oscila entre a hipótese transcendente do criacionismo e a criação humana como criação ex nihil sem porquê nem sentido que lhe seja anterior ou final; o velho sonho da libertação das teorias da causalidade não anda longe daqui. Felizmente.
Uma obra que põe em causa o sentido do sentido deveria fazer parte do currículo de qualquer cidadão que se respeite como tal. Desconheço, obviamente, qual será o destino desta obra - como será acolhida, quantos leitores encontrará, que reacções provocará. Quanto a mim, reputo-a como um dos mais estimulantes, exigentes e gratificantes livros portugueses dos últimos anos, merecendo figurar como um monumento à Ironia e à capacidade de desinstalação. O que não é dizer pouco: é através de obras como esta, que avançam por meio de uma prodigalidade de pressupostos teóricos, culturais e linguísticos, que o homem se pode libertar do tempo, superar momentaneamente a sua presença e o presente da sua própria morte pontual.
"Quem proclama uma teoria do progresso coloca-se irremediavelmente a si mesmo como participante, portador e ponto de culminação no drama do progresso. Quem mostra uma teoria da decadência faz-se valer a si mesmo como um afectados pelo drama da decadência, quer seja como aquele que protesta, se resigna ou aguenta. Quem diagnostica renascimentos ou épocas de mudança põe-se a si mesmo em jogo como parteira, como piloto da mudança ou até como candidato à reencarnação. E quem profetiza a ruína, declara-se como moribundo, como quem ajuda a morrer, como carpideira ou, por fim, como explorador dos restos da cultura que está agonizante."
Peter Sloterdijk
Ante este estranho e fascinante objecto - e chamo-lhe "objecto" à falta de outro substantivo que o possa subsumir, visto que o próprio autor o classifica como um "não-livro" - confesso-me incapaz de constituir um discurso crítico, pelo menos no sentido tradicional e clássico que o cânone atribui a "crítico".
Assim, sinto-me tentado a classificá.lo como uma dose massiva de lucidez, um tipo de clarividência que o mundo contemporâneo parece rejeitar, mergulhado que está na estupidificação maciça e numa deriva que parece conduzir-nos para a apatia ou ataraxia generalizada, impelindo-nos para um beco sem saída ôntico e para um abismo para o qual corremos com brio e denodo, uivando alegremente com os lobos.
O projecto insano e maravilhoso de reescrever a História da Humanidade, a que o João Nuno se entrega com uma intensidade que é difícil ignorar e que somos compelidos pela leitura a acompanhar, não se compagina de nenhum modo com facilitismos e imediatismos. Requer, pelo contrário, que punhamos na leitura e na constituição do sentido o mesmo tipo de intensidade, o mesmo despojamento de regras, a mesma indiferença em relação a padrões que constituem o âmago de uma obra literária (objecto, não-livro, texto, tessitura, aquilo que entendermos que é) que está na sua génese e que prefere ignorar os limites e estabelecer o seu próprio padrão, a sua singular e irrepetível métrica.
A pergunta que me perseguiu desde a primeira leitura (e que não se atenuou com a segunda, e muito menos com a terceira) é : existirá uma modalidade rigorosamente lógica e demonstrável do conhecimento humano sobre esse mesmo ser humano que conhece ? A resposta de "1450 cm3" parece ser - arrisco.me mesmo muito nesta hipótese - não, não existe. Apontando para aquilo a que Hermann Broch chamava "desintegração axiológica, João Nuno Teixeira sustenta um mundo, uma "humanitas" que não é passível de ser representada como uma totalidade fixa, estável e para sempre cognoscível, afirmando que a suposta perenidade da condição humana, em vez de garantir essa mesma estabilidade, se constitui como o ponto de partida de uma interrogação permanente, de uma problematização que não cessa; Adão não acaba de acabar, coexiste permanentemente com os seus duplos e, até, com a sua negação.
Queira ou não queira o autor - e muitas vezes os autores não sabem exactamente aquilo que querem ou querem o contrário daquilo que obtêm - aquilo a que chega é à posição de um sujeito epistemológico e à constituição de um campo de observação que representa a personalidade humana na sua abstracção mais extrema, o que é equivalente a dizer: na sua concretude mais radical.
As pressões a que o autor sujeita a linguagem roçam por vezes os limites da inteligibilidade. É um risco assumido: desconstruir as estruturas linguísticas para depois as reconstruir indica uma incansável vontade de reconstituir o mundo através da linguagem e assim fazer com que esta "fale". Atente-se nesta passagem (capítulo IV "Fome de Infinito"): «Criador. O criador ? O criador ! A é a circunstância do tempo, modo e lugar. A quinta essência está nas mãos tenras de uma criança. As fossas nasais do demiurgo estavam perto. Por onde andaria ? [...] Espaço, Tempo. O espaço e o tempo inscrevem-se na obscuridade do paradoxo. Nada mais perverso que o tempo: tira o que não se tem e dá o que já se possui. inventando a sua proclamada lógica». Atente-se, então, na progressão das repetições, na musicalidade difusa que pretende, e consegue, criar um sentido a partir de uma permutação de relações metamórficas e de relações potenciais. Se cito esta passagem, podendo citar muitas outras, é porque ela me parece emblemática do tom geral da obra e de uma afirmação constante de que não existe nenhuma expressão, ou melhor, de que não existe nenhum código expressivo, cuja origem seja um vazio total; é assim que esta obra põe em jogo princípios de uma coerência tão difusa e multímoda que por vezes sentimos dificuldade em classificá-los ou incluí-los numa visão ordenada. Mas, perante esta obra, para que precisamos de um a visão ordenada ? Para coisa nenhuma, na realidade; basta que nos libertemos da "tirania do sentido" e nos deixemos embarcar no profundíssimo questionamento que oscila entre a hipótese transcendente do criacionismo e a criação humana como criação ex nihil sem porquê nem sentido que lhe seja anterior ou final; o velho sonho da libertação das teorias da causalidade não anda longe daqui. Felizmente.
Uma obra que põe em causa o sentido do sentido deveria fazer parte do currículo de qualquer cidadão que se respeite como tal. Desconheço, obviamente, qual será o destino desta obra - como será acolhida, quantos leitores encontrará, que reacções provocará. Quanto a mim, reputo-a como um dos mais estimulantes, exigentes e gratificantes livros portugueses dos últimos anos, merecendo figurar como um monumento à Ironia e à capacidade de desinstalação. O que não é dizer pouco: é através de obras como esta, que avançam por meio de uma prodigalidade de pressupostos teóricos, culturais e linguísticos, que o homem se pode libertar do tempo, superar momentaneamente a sua presença e o presente da sua própria morte pontual.
IMPRESSÕES DOS LEITORES (2) - 1450 CM3
Magui Knup partilha as suas impressões da leitura do livro não livro, 1450 cm3, o porteiro agradece.
1450 cm3 é um livro que nos recorda o que a vida nos ensina constantemente: quando pensamos que já vimos todas as coisas de todas as perspectivas possíveis, damos conta, de repente, que há mais uma, mais refrescante, mais perspicaz, que constitui mais um desafio. O surrealismo, a profunda relativização de alguns dos grandes dogmas da história e da sociedade são apresentados como uma provocação à tradição lógica que é construtiva e saudável,num período histórico como o actual em que a falta de explicações e de referências estão a conduzir uma percentagem significativa da população mundial a uma alienação que não tem nada de construtivo. O ritmo da escrita é por vezes frenético, mas paradoxalmente transporta-nos em velocidade de cruzeiro por todas as infinitas variáveis e potencialidades dos nossos desejos, decisões, valores, pensamentos, ambições, sentimentos... Uma nova versão, quase psicanalítica, do "efeito borboleta". É um livro de uma grande densidade, forte em sensações, cores e princípios. Mas sobretudo, é o que mais me agrada, é duma ironia, duma crueza e duma profundidade tão requintadas na denúncia da falta de eficiência, do conforto, da falta de legitimidade e por vezes da cobardia das instituições e dos indivíduos nesta crise contemporânea de referências que constitui, a meu ver, uma das tomadas de posição, através da cultura, que podem verdadeiramente influenciar um mundo que se encontra numa fase de certo modo decadente. Em termos estilísticos, a utilização do paradoxo e da ironia são coerentes com o todo e sempre oportunos. Por fim, e está é talvez uma interpretação muito pessoal, ler este livro fez-me recordar a importância da valorização da intuição na pedagogia.
1450 cm3 é um livro que nos recorda o que a vida nos ensina constantemente: quando pensamos que já vimos todas as coisas de todas as perspectivas possíveis, damos conta, de repente, que há mais uma, mais refrescante, mais perspicaz, que constitui mais um desafio. O surrealismo, a profunda relativização de alguns dos grandes dogmas da história e da sociedade são apresentados como uma provocação à tradição lógica que é construtiva e saudável,num período histórico como o actual em que a falta de explicações e de referências estão a conduzir uma percentagem significativa da população mundial a uma alienação que não tem nada de construtivo. O ritmo da escrita é por vezes frenético, mas paradoxalmente transporta-nos em velocidade de cruzeiro por todas as infinitas variáveis e potencialidades dos nossos desejos, decisões, valores, pensamentos, ambições, sentimentos... Uma nova versão, quase psicanalítica, do "efeito borboleta". É um livro de uma grande densidade, forte em sensações, cores e princípios. Mas sobretudo, é o que mais me agrada, é duma ironia, duma crueza e duma profundidade tão requintadas na denúncia da falta de eficiência, do conforto, da falta de legitimidade e por vezes da cobardia das instituições e dos indivíduos nesta crise contemporânea de referências que constitui, a meu ver, uma das tomadas de posição, através da cultura, que podem verdadeiramente influenciar um mundo que se encontra numa fase de certo modo decadente. Em termos estilísticos, a utilização do paradoxo e da ironia são coerentes com o todo e sempre oportunos. Por fim, e está é talvez uma interpretação muito pessoal, ler este livro fez-me recordar a importância da valorização da intuição na pedagogia.
AMORES CIBERNÉTICOS - JON BAGT -CHIADO EDITORA -2015
"...Um livro de cabeceira para ter aos pés da cama..."
Disponível em :
Wook: https://www.wook.pt/l…/amores-ciberneticos-jon-bagt/17037474
Bertrand: https://www.bertrand.pt/…/amores-ciberneticos-jon-…/17037474
https://www.chiadoeditora.com/pesquisa?q=jon+bagt
Ou encomendar directamente ao autor mediante mensagem ( secção contactos)
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Wook: https://www.wook.pt/l…/amores-ciberneticos-jon-bagt/17037474
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EFEMERIDADES POR JONBAGT
GALERIAS EM : https://olhares.com/JonBagt ( Fotografia)
Projecto Pau Santo:
Participação , sob pseudónimo Jon Bagt, como letrista no trabalho em passos sós do projecto Pau Santo de Paulo Santos, músico.
PAÜ SANTO nasceu da vontade da guitarra sair para a faina , pescando letras ao vento , rumando para portos onde todos irão desaguar, mais cedo ou mais tarde. Na inquietação destes passos sós, sintam-se em paz e bem aconchegados.
Mais informações em : https://www.facebook.com/PA%C3%9C-SANTO-102993339213260
Audição em : https://open.spotify.com/artist/6XN4u1XqjsecUfioyfnUkv?si=SxYwl4ICSjixRaroeMvK6A
PAÜ SANTO nasceu da vontade da guitarra sair para a faina , pescando letras ao vento , rumando para portos onde todos irão desaguar, mais cedo ou mais tarde. Na inquietação destes passos sós, sintam-se em paz e bem aconchegados.
Mais informações em : https://www.facebook.com/PA%C3%9C-SANTO-102993339213260
Audição em : https://open.spotify.com/artist/6XN4u1XqjsecUfioyfnUkv?si=SxYwl4ICSjixRaroeMvK6A